Pensar antes de falar (fake news e bullying)
Duração da aula: 01 hora.
– Mamãe, nós prometemos reparar o mal que fizemos.
Minha mãe, com certeza, percebia que castigos e reprimendas não
corrigiriam os excessos de nossas mentes. Ela nos ouvia com atenção, assentia
com a cabeça e não dizia nada.
Lembro-me muito bem de certa manhã, antes do inverno chegar. Ventava
muito e nós brincávamos no galpão. Entretanto mamãe, com os cabelos dançando em
torno de sua bonita cabeça, estava sentada em um tamborete, ao aberto, bem no
meio do quintal. Aquilo nos intrigou um pouco, porém logo nos distraímos. Nossa
atenção voltou a ser despertada quando ela nos chamou:
– Filhas, por favor, venham até aqui. Aí, perto de vocês há uma almofada e uma tesoura. Tragam-nas.
Nós atendemos. Mas fazíamos uma indagação: O que mamãe estava pretendendo fazer?
– Agora, disse mamãe, quando colocamos os dois objetos junto dela, vocês vão cortar a almofada ao meio. Cada uma cortar de um lado.
Obedecemos. A
almofada estava cheia de penas e, logo em seguida, levadas pelo vento, elas
enchiam o quintal num espetáculo tão lindo como uma tempestade de neve. Eu e
minha irmã pulávamos e rodopiávamos encantadas com o espetáculo imprevisto.
Todavia, mamãe tornou a nos chamar. Junto dela estava a sua cesta de costura,
que nem tínhamos visto. Foi lá de dentro que ela tirou uma capa de almofada
nova, bordada e vazia.
– Olhem, disse ela, agora vocês vão encher de novo esta almofada.
Era simplesmente incrível o que mamãe estava propondo. E nós falamos
para mamãe:
– Mas, isso é impossível, as penas voaram por toda parte.
– Não é que foi mesmo! Disse mamãe dando a impressão de estar admirada,
enquanto olhava as penas que dançavam no vento. E fez, em seguida, um
comentário que minha irmã e eu não pudemos esquecer durante toda a vida:
– Essas penas parecem os boatos que certas pessoas propagam: uma vez espalhados, não há meios de fazê-los voltar ao ponto de partida.
Depois da história, refletir com as crianças sobre como é difícil reparar ou corrigir o que foi dito de alguém e já se espalhou.
Hora da atividade prática:
Entregar uma folha de papel para cada criança e pedir para desenharem um rosto de uma pessoa (pode ser um rosto bem simples).
Depois, pedir para que as crianças imaginarem que aquele rosto desenhado é da pessoa que eles não gostam nem um pouco. Em seguida, pedir para que as crianças olhem para aquele rosto no papel e briguem com ele, falem mal.
Posteriormente, pedir agora para as crianças amassem o papel para representar essas brigas e xingamentos.
Quando todas as crianças tiverem amassado o papel, pedir agora para as crianças tentarem fazer com que aquele papel (rosto) voltasse ao que era antes... sem marcas!
A conclusão que devemos chegar com as crianças é mostrar como é difícil corrigir as coisas que fazemos e falamos aos outros! É preciso pensar muito antes de falar.
Aquela pessoa que hoje pode nos parecer um inimigo (ou uma pessoa chata) pode se mostrar um grande amigo daqui a algum tempo e nos ajudar bastante. É melhor fazermos amigos do que inimigos e, assim, seguimos os ensinamentos de Jesus.
Uma outra sugestão de atividade prática é fazer a brincadeira do "telefone sem fio".
Para essa brincadeira, precisamos de muitas crianças. Criar uma frase e falar (sussurrar) essa frase (de ouvido em ouvido - de crianças para criança).
As crianças ficam em fila e devemos comparar a frase inicialmente falada (primeira criança) com o que chegou no final da fila (última criança).
Quanto maior a frase, mais difícil que ela chegue ao destino da mesma forma que começou 😁
Assim, mostramos para as crianças que muitas vezes as coisas que falamos ganham uma proporção maior e viram fofoca ou fake news - até com um conteúdo diferente do que falamos. Mais um motivo para pensarmos bem antes de falar!
Último momento (5 min): Oração de encerramento com todas as crianças. Perguntar se alguma criança tem interesse em fazer a prece.
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