Inveja
Duração da aula: 01 hora.
Essa aula também esta disponível no nosso canal do YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=1VkAxlWa8I4.
Cronograma da aula:
Primeiro momento (5 min): Oração com todas as crianças para agradecer o momento e pedir ajuda aos espíritos superiores para harmonizar o ambiente e nos inspirar.
Segundo momento: O evangelizador conversa com as crianças sobre as diferenças entre as pessoas:
Sabemos que Deus planejou tudo com um objetivo. Se Ele fez pessoas diferentes: os negros, brancos, índios, pessoas altas, pessoas baixas, pessoas bonitas, outras nem tanto, pessoas muito inteligentes e outras com dificuldade de aprendizado é porque Ele quer que seja assim, para aprendermos algumas coisas.
Ele quer que cada hora, a gente tenha uma oportunidade diferente para aprender tudo. Se não, Ele teria feito todo mundo do mesmo jeito.
E teríamos algum mérito nas nossas características e qualidades?
Seria interessante se todos fossemos iguais (mesma cor da pela, mesma altura, etc)?
E quando entendemos a REENCARNAÇÃO, percebemos também que não faz o menor sentido ter inveja de alguém porque eu não sabemos o quê aquela pessoa já passou, passa ou vai passar para estar nessa condição.
Nós sabemos que a reencarnação é um processo onde o espírito nasce, morre e nasce de novo, várias vezes para poder aprender. Então, em uma vida, a pessoa é rica e em outra vida é pobre. Em uma experiência a pessoa é casada e em outra não tem muita sorte com o companheiro. Em uma vida a pessoa é mãe e em outra não pode ter filhos. E tudo tem uma explicação, um motivo e tudo é para melhorarmos e aprendermos.
Por exemplo, algumas vezes uma moça alta, loira, bonita (que são os padrões de beleza da sociedade) poderá estar passando ou passará por dificuldades: pessoas interesseiras e aproveitadoras na sua vida ou uma doença grave, por exemplo. Eu teria inveja dessa moça se soubesse disso?
Eu não teria inveja de um homem que trabalha em uma grande empresa, com cargo importante, se eu soubesse que ele é manipulado para fazer coisas desonestas.
Eu não teria inveja de uma pessoa aparentemente bem casada, se eu soubesse as condições de humilhação que ela passa, os problemas de família ou as obrigações que ela tem e que eu não queria ter.
O que eu vejo na vida do outro tem um preço e talvez eu não queira pagar esse preço.
A vida de todos (ricos, pobres, altos, baixos...) tem dificuldades. Nós sabemos que somos espíritos em aprendizado (imperfeitos) e, por isso, ainda temos em nós alguns sentimentos que não são muito bons (inveja, por exemplo).
Quando observamos alguém com algo (um brinquedo, casa, celular, carro) que gostaríamos de ter, um dos primeiros sentimentos que temos é a inveja, mas precisamos lutar para vencer esse sentimento ruim. Isso não quer dizer de devemos nos acomodar - o que seria contrário a Lei do Progresso. O que é preciso é nos esforçarmos para adquirir os conhecimentos e habilidades, dentro dos preceitos ensinados por Jesus, necessários para nos melhorar. Todo o esforço digno é reconhecido e recompensado por Deus.
Terceiro momento: O evangelizador conta a história do Gavião, Urubu e outros amigos que moravam na fazenda.
Observação: É importante que o evangelizador busque sempre contar a história de forma a deixá-la mais interessante para as crianças. Algumas sugestões:
a) Mudar a voz para cada personagem;
b) Mostrar figuras ou desenhos dos personagens;
c) Abusar dos gestos corporais;
d) Mostrar figuras ou desenhos de acontecimentos da história;
e) Usar fantasias, fantoches ou bonecos.
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Era uma vez um Urubu que andava muito triste. Costumava ser alegre e descontraído, mas começou a reparar no Gavião e a admirá-lo. Passou, então, a achar-se muito inferior.
Um dia eles se encontraram e o Urubu falou:
– Você voa muito bem! É um ótimo caçador! Deve ser muito feliz.
– Nem tanto, respondeu o Gavião. Todos os dias, tenho que caçar, senão passo fome. Veja só o Galo, que mora lá embaixo. Não precisa nem voar! Tem uma vida tranquila, é todo colorido e bem alimentado. Acorda logo cedo, disposto, e canta de alegria! Ele é que é feliz!
O Galo, por sua vez, avistava de vez em quando o Gavião, voando lá no alto, e se apavorava! Dava o alerta para a Galinha proteger seus filhinhos Pintinhos. E pensava:
– Quanta preocupação! Queria me distrair um pouco como o amigo Pato. Como eu, ele também não voa, mas, em compensação, ele sabe nadar muito bem! Desliza gostosamente sobre a água. Se eu pudesse nadar assim, seria também feliz.
O Pato, lá da lagoa, olhava o Pavão, que morava na mesma fazenda. Queria ser como ele. Achava o Pavão o animal mais lindo do mundo e dizia:
– Que cores! Que cauda comprida! Quanta imponência! Ninguém deve ser mais feliz do que ele.
Entretanto, o Pavão não pensava assim. Suas penas eram arrancadas de tempos em tempos para fazer enfeites. Sentia-se explorado por ser bonito. Andava devagar, pesadamente, arrastando suas penas compridas. Quando avistava o Urubu, dizia a si mesmo:
– Como é livre! Come qualquer coisa, voa tão alto! Ninguém o importuna, querendo prendê-lo ou querendo arrancar-lhe as penas. Queria ser feliz como o Urubu!
Era uma pena que os pássaros não percebessem suas qualidades. Cada um era tão maravilhoso e tão especial! Eram diferentes e era assim mesmo que deveria ser, pois cada um tinha um papel a cumprir na Natureza, conforme os desígnios de Deus. Mas estavam todos infelizes...
Então, certo dia, a Providência Divina (Deus) fez “por coincidência” com que os cinco se encontrassem lá perto da lagoa da fazenda.
E depois de uma boa e longa conversa, cada um deles descobriu qualidades que nem sabiam que tinham. Compreenderam também que seus amigos, que tanto admiravam, tinham também suas dificuldades.
Quando a conversa acabou, a situação estava resolvida.
Nada havia mudado na vida deles, a não ser uma coisa – todos perceberam quanto eram felizes!
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(Marcela Prada. Fonte: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita -
Quarto momento: O evangelizador conversa com as crianças sobre a história contada e o que elas entenderam. Alguns pontos importantes:
a) Por que os animais tinham inveja uns dos outros?
b) A vida de todos os animais era perfeita?
c) O que os animais descobriram no final?
Último momento (5 min): Oração de encerramento com todas as crianças. Perguntar se alguma criança tem interesse em fazer a prece.
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